Virada Cultural, o ataque

Oba! Hoje liberaram a programação da Virada Cultural de São Paulo, a cidade, que acontece nos dias 15 e 16 de maio. Cheia de atrações internacionais, homenagens e novidades, a organização espera receber cerca de 330 mil pessoas nas 24 horas de evento.

Em palcos principais, espalhados pelo centro de SP, mas também em CEUs, SESCs, museus e outros espaços públicos, as atrações começam dia 15, às 18 horas, com o show dos músicos cubanos Barbarito Torres e Ignacio Mazacote, ex-integrantes do grupo Buena Vista Social Club.

Eu vou logo louca pelos shows, mas tem de tudo na Virada: música, teatro, performances circenses, dança, cinema...

Na Praça Julio Prestes, Zélia Duncan (21h), Céu (0h), Living Colour (3h) e Toquinho (12h) são imperdíveis. Mas e o que dizer desse show cover do ABBA (15h)? Já dancei com a minha mãe na sala e cantei muito “Dancing Queen” em karaokês dessa vida, LÓGICO QUE VALE a passada, pra pelo menos dizer que não perdeu!

Na Praça da República, diferente dos outros anos, se concentrarão os amantes do samba. Às 23h estarei lá, PLANTADA pra ouvir (ver é quase impossível) a homenagem à Simonal, com seus filhos Wilson Simoninha e Max de Castro. E ainda tem Jair Rodrigues (1h), Elza Soares e Sandália de Prata (3h), Orlandivo e Clube do Balanço (5h) e Arlindo Cruz (15h).

Wilson Simonal, homenageado (Reprodução)

A avenida São João receberá The Grand Mothers Re-Invented (20h), banda de Frank Zappa, e Big Brother and the Holding Co. (22h), banda de Janis Joplin. Além de Pitty (09h30), CPM 22 cantando Ramones (11h30), Raimundos – SEM RODOLFO (13h30), Pequeno Cidadão – projeto de Arnaldo Antunes, Edgard Scandurra, Taciana Barros e Antonio Pinto (15h30) e Titãs (17h30).

A região da avenida Cásper Líbero recebe os novos artistas brasileiros. Na esquina com a Washington Luís, 20h40 Detetives, 3h20 Comma, 13h20 Karina Buhr, 15h Sweet Flavour Band e às 16h40 a INSUPORTÁVEL (he-he) Mallu Magalhães. Já no palco com a Mauá, a MARAVILHOSA Black Drawing Chalks toca às 21h30 e Nervoso e os Calmantes às 12h30, além de vários artistas dos mais diversos cantos do país que (me envergonho em dizer) eu não conheço.

Os queridos Black Drawing Chalks (Reprodução)

A música eletrônica tem espaço na Praça da Sé e nos largos da Santa Ifigênia, São Francisco e do Arouche, que receberão DJs como Mau Mau (12h), Ramilson Maia (14h) e Mauro Borges (0h).

No Bulevar São João (Anhangabaú), tem The Temtations - Feat. Glenn Leonard (1h), da famosa “My Girl” e Orquestra Popular de Frevo do Recife (3h). A Estação da Luz recebe a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp).

Esse ano algumas novidades surgem pra ficar. Um palco inteiramente para o ritmo reggae será instalado na Alameda Barão de Limeira, com apresentações de músicos jamaicanos como Pablo Moses e Clinton Fearon e também a primeira formação da banda Cidade Negra que traz Ras Bernardo nos vocais, além da Tribo de Jah. Já a Praça Roosevelt abrigará apresentações de grupos de fantasias medievais, mesas de RPG, stands dos fãs-clubes e shows. No Parque da Luz acontecerá a intervenção urbana “Sombras na Arquitetura”, da Cia Quase Cinema, que projetará diversas sombras nos edifícios. A idéia é dialogar com as construções convidando a todos a olharem para o céu.

Quase chorei (sem brincadeira) quando vi o palco do Largo da Misericórdia: 24 Horas de Marchinhas de São Luiz do Paraitinga! Uma tristeza sem fim pela destruição da cidade com as chuvas, mas uma alegria enorme de saber que tudo não ficará só na lembrança pra sempre.

Saudades de São Luiz (MaCoratto)

E por fim, a Virada vai reunir nas redondezas dos palcos principais uma seleção de barracas de pastel de São Paulo, uma das maiores delícias dessa minha cidade maravilhosa.


Bom, agora aproveita a programação completa no site da Virada, separa o tênis, a mochila e o agasalho e divirta-se! =)


Serviço
Local: cidade de São Paulo
Data: 15 e 16 de maio
Grátis

Stephan Doitschinoff na Choque

O artista plástico Stephan Doitschinoff expõe na galeria Acervo da Choque, até o começo de maio, cinco grandes pinturas inéditas, uma série de desenhos e obras denominadas Cras (Novo asceticismo).

Inspirado na vida dos ascetas, o artista procura refletir sobre os tipos de sacrifícios e privações necessárias para o homem contemporâneo conseguir viver plenamente.

Cras, “amanhã” em latim, está marcado na figura de Santo Expedito, simbolizando a urgência de fazer o que deve ser feito, hoje, sem deixar para amanhã o que realmente importa. O novo ascetismo prega exatamente essa urgência.

Doitschinoff foi recentemente eleito Artista Revelação de 2009 pela Associação Paulista dos Críticos de Arte devido à sua participação na primeira exposição de arte urbana contemporânea do MASP, "De dentro para fora/ De fora para dentro".

Futuramente o artista vai construir uma escultura de dois metros de altura que ficará exposta por um ano nas imediações do Museu Afro, no Parque do Ibirapuera.

Ave Maria (Divulgação)

Stephan Doitschinoff, conhecido como Calma, nasceu em São Paulo, em 1977. É um artista autodidata e sua formação foi muito influenciada pela convivência com os mais diversos tipos de crenças e rituais religiosos.

Cresceu num ambiente de convívio entre diversas religiões, absorvendo a estética do simbolismo religioso nas mais diferentes situações, na convivência diversa em sua infância e em meio a estudos sobre religiões orientais, alquimia e arte sacra.

Stephan tem um documentário sobre seu trabalho, que você pode ver aqui e também visitar a página dele na Choque.

Serviço
Local: Acervo da Choque - Rua Medeiros de Albuquerque, 250
Data: sábados até 3 de maio
Horário: aos sábados, das 13h às 18h
Grátis

Pato Fu leva experiência ao SESC

O Pato Fu toca em São Paulo a turnê do disco “Daqui pro futuro” este mês, no SESC Pompéia.

O novo trabalho traz doze canções, sendo onze inéditas. A produção ficou a cargo de John Ulhoa, guitarrista/compositor da banda. Gravado e mixado no estúdio que John e Fernanda Takai tem em casa, o álbum é uma espécie de experimento de até onde pode ir a tecnologia dos estúdios baseados em computador, no intuito de produzirem música orgânica e não-mecânica.

(Nino Andrés/Divulgação)

Site dos mineirinhos: Pato Fu
E uma das musiquinhas que mais curto, Anormal


Obs.: Eu adoro artista que tem material de imprensa disponível. Valeu Pato Fu!


Serviço
Local: SESC Pompéia – R. Clélia, 93
Data: 24 e 25/04
Horário: Sábado, 21h / domingo, 18h
Ingresso: R$ 32,00 / R$ 16,00
Não recomendado para menores de 12 anos

Gerações do Hip Hop se encontram no SESC Pompéia

A partir desta quinta (8), três noites de shows trarão à tona o universo Hip Hop brasileiro.

Mano Brown, Ice Blue, Helião (RZO), DJ Cia, Don Pixote e Du Bronks começam a sessão no dia 8, com abertura do Rosana Bronks. A nova escola do rap da região do Capão Redondo será representada por Big e Ylsão, do organizadíssimo grupo Negredo, banda com trabalhos sociais importantíssimos em sua região. Cleitinho e Gabu, completam o time que Mano Brown quer trazer à cena do rap brasileiro.

Na sexta-feira é a vez de De Leve, Emicida e Thaide mostrarem ao que vieram. Para quem não sabe, a música “Corpo Fechado”, composta por Thaíde e Marcos Tadeu Telésforo, tornou-se o primeiro hit de rap brasileiro a ganhar as rádios. Emicida e De Leve devem apresentar seus recentes trabalhos, de excelente crítica.

Emicida (Divulgação)

Zulumbi – formada por integrantes da Nação Zumbi e do Mamelo Sound System – se apresenta no sábado, com participação de Elo da Corrente. A formação mistura as rimas e o equipamento eletrônico - essenciais ao gênero -, com o elemento orgânico que só a guitarra, o baixo e a percussão do mangue beat podem oferecer.


Mais, mais e mais dos 'novatos'.... Emicida e De Leve




Serviço
Local: SESC Pompéia – R. Clélia, 93
Data: 08, 09 e 10/04
Horário: 21h
Preço: R$ 20 / R$ 10
Não recomendado para menores de 18 anos

Thiago Pethit no Studio SP

Dia 7 de abril começa a temporada de lançamento do primeiro álbum de Thiago Pethit, "Berlim, Texas", no projeto Cedo & Sentado, do Studio SP.

Pra quem não conhece (como eu não conhecia, há dois dias), Thiago faz parte do coletivo ‘Novos Paulistas’, ao lado da cantora Tiê, de Tulipa Ruiz, de Tatá Aeroplano e Dudu Tsuda.

Formado em artes cênicas, estudou canto e composição de tangos em Buenos Aires. A transição do teatro para a música é peça fundamental para seu estilo musical, que resgata elementos do universo do Vaudeville (termo usado para se referir a ‘light songs’) para renovar o indie-pop.

(Carol Bittencourt/Divulgação)

Com produção de Yury Kalil e direção artística de Jackson Araujo, o disco traz onze faixas, todas de autoria de Thiago Pethit. Repleto de melodias e letras simples, que podem ser em português, inglês ou francês, não fica atrás de qualquer outra super produção. O álbum tem participações de Hélio Flanders (Vanguart) e do coro de Tiê, Tulipa Ruiz, Tatá Aeroplano e Dudu Tsuda. Delícia de se ouvir num sábado primaveril.


No final do mês ele passa pelo Rio de Janeiro (dia 30), no Circo Voador e em maio retorna à cidade natal, São Paulo, para um show na Livraria Cultura do Shopping Market Place.


Mais infos sobre Thiago e músicas para se deliciar aqui e aqui.

UPDATE pra entrevista graça dele no Don't Touch My Moleskine (via @iveandrade)


Serviço
Local: Studio SP - R. Augusta, 591
Horário: 21h
Dias: quartas, 07, 14 e 21/04
Grátis